Polícia confirma que madrasta envenenou enteado e companheiro com chumbinho em MG
25/07/2025
(Foto: Reprodução) Material usado no envenenamento de pai e filho, em Cataguases
Divulgação
A Polícia Civil confirmou que pai e filho, de 51 e 6 anos, respectivamente, foram envenenados com chumbinho — produto clandestino, altamente tóxico e conhecido popularmente como “veneno de rato”, em Cataguases. A mulher do homem e madrasta da criança é apontada como autora do crime, cometido no dia 13 de julho.
A informação foi confirmada à TV Integração pelo delegado Conrado Rodrigues Guedes, responsável pelo caso, nesta sexta-feira (25). Segundo ele, a substância foi encontrada no quarto da mulher.
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Ainda não há confirmação sobre como o chumbinho foi ingerido pelas vítimas, mas a polícia suspeita que o produto tenha sido colocado no prato durante uma refeição, que teve macarrão, feijão e frango.
Inicialmente, a hipótese era de envenenamento do feijão, mas a perícia constatou que a porção recolhida da panela não tinha vestígios do veneno.
“O companheiro dela disse que percebeu uma substância escura no fundo do prato e perguntou o que era. Ela respondeu que era o tempero da comida”, contou o delegado.
Conforme a Polícia Civil, embora o laudo definitivo não esteja pronto, exames preliminares apontam ingestão de chumbinho pelas vítimas. Também ficou constatado que algumas vasilhas da residência foram lavadas antes da chegada da polícia, o que pode indicar tentativa de ocultação de vestígios.
O menino segue internado em estado grave na UTI Pediátrica do Hospital Santa Isabel, em Ubá, desde a data do crime. Já o pai dele recebeu alta na noite da quinta-feira (24) da Santa Casa de Cataguases.
Conforme as investigações da Polícia Civil, Maria Amélia Campos, de 61 anos, tirou a própria vida logo após envenenar o marido e o enteado.
Motivação do envenenamento
Para o delegado Conrado Guedes, a suspeita é de que a mulher tenha envenenado a comida por razões passionais, motivadas por ciúmes ou vingança.
Depoimentos apontam que ela se irritou com a família do enteado após a mãe do menino cobrar o pagamento de pensão alimentícia. Outras duas motivações seriam a não aceitação do resultado positivo do exame de DNA que comprovou a paternidade e ciúmes em relação à mãe da criança.
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As investigações também indicam que Maria Amélia já teve um relacionamento com o avô materno da criança e, posteriormente, passou a se relacionar com o pai do garoto.
As investigações seguem em andamento. Com a morte de mulher, o inquérito deverá ser concluído e encaminhado ao Poder Judiciário com sugestão de arquivamento.
Polícia Civil investiga possível morte por envenenamento em Cataguases
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